| Chip N1, da Neuralink, usado para processar sinais cerebrais (Imagem: Reprodução / Neuralink) |
https://t.co/OMIeGGjYtG— Neuralink (@neuralink) March 20, 2024
A transmissão foi feita pela conta da Neuralink na rede social X (antigo Twitter). Elon Musk, cofundador da empresa, republicou o vídeo, dizendo que é possível “controlar um computador e jogar vídeo game através apenas de pensamentos”. Anteriormente, Elon Musk havia dito que o produto se chamará Telepathy.
Implante é um avanço, mas não é inédito, dizem cientistas
Kip Ludwig, ex-diretor do programa de engenharia neurológica do NIH, nos Estados Unidos, afirmou que o que a Neuralink mostrou não é uma “descoberta revolucionária”. Mesmo assim, ele considera que é um “bom ponto de partida”.
“Ainda estamos nos primeiros dias pós-implante, e será necessário muito aprendizado por parte da Neuralink e do paciente para maximizar a quantidade de informação de controle que pode ser alcançada”, disse o cientista à Reuters.
| Implante da Neuralink é colocado no cérebro por um robô cirurgião (Imagem: Reprodução / Neuralink) |
O Wall Street Journal também lembra que controlar um computador por um implante cerebral não é uma novidade — isso já foi feito há 20 anos. Mesmo assim, há avanços notáveis: a transmissão de dados não necessitou de fios, e o paciente conseguiu conversar ao mesmo tempo em que controlava o computador.
Em entrevista à Folha de S.Paulo em janeiro, o cientista Miguel Nicolelis, professor emérito da Universidade Duke (EUA), disse que o que a Neuralink faz é “só fumaça”. Max Hodak e Tim Hanson, cofundadores da Neuralink, foram alunos de Nicolelis. Ambos não estão mais na empresa.
Na avaliação do cientista, pacientes com paralisia não querem se submeter a uma neurocirurgia e a seus riscos, e é possível tratar estes casos com técnicas não invasivas.
A Neuralink não é a única empresa explorando o campo das interfaces cérebro-máquina. Synchron, Precision Neuroscience, Paradromics e Blackrock Neurotech são alguns nomes da área
